Poemas reunidos I

 Para uma menina com uma flor

Não és uma menina com uma flor,
És mais que isso, és a flor em si.
Teus olhos, teu rosto, tua pele
São rosas, margaridas, são tulipas
Possuidoras de uma beleza sublimar.
És de um encanto tão profundo
De uma beleza sem igual
Uma graça, um primor sensacional.
Vejo esse teu jeito de ser
Tão encantador, tão pueril.
És, sim, criatura divina,
Cujo rosto angelical
Esconde um sorriso de menina,
Um sorriso arrebatador
Que encanta provocando amor.
És uma princesa graciosa
De uma simplicidade maravilhosa,
Que invade os corações de todos nós.
Queria, agora, dar-te uma flor,
Todavia não encontro nenhuma
Que se iguale a ti, e
Que faça jus a essa tua beleza única
Oh! graciosa menina,
Faço-te, triste, esta poesia
Pois sei que teu coração está fechado
E que nada posso fazer
A não ser, cultivar calado,
Minha doce melancolia!


 Amor: alegria e não tristeza

Não penso mais em tristezas
Faz mal ao espírito, à mente.
Penso em alegrias, certezas
De que um dia ainda terei chance, e contente
Fico por estar perto de ti, minha amada,
Para sempre hei de ficar, contigo, minha deusa iluminada.

Decerto fico triste, em algumas horas
Passas por mim, finges que não me conheces
Não deixa, entretanto, de ser minha amiga, minha senhora.
É quase impossível viver sem alegria, sabes;
Fico na imagem de poder findar-se todo o sonho
Triste é perder-te, uma coisa que não mais reponho.

Meu Deus! meu Deus! podeis ajudar-me quanto a ela
Amo-a como tudo e odeio-a como nada
Não a odeio, amo-a. Sua simpatia é tão pura e bela;
É por deveras meiga e carinhosa. Ah! danada!
Sonho noite e dia, e vice-versa, só a imagem do seu interior
Faz eu modificar-me em tudo; deixa de ferir-me a dor!


Soneto da dúvida

Pelas caminhadas que até agora fiz
Nunca me encontrei em situação tal
Para ver como é: cada decisão pode ser fatal,
E arruinar-me para sempre, ou deixar-me feliz.

Não sei bem ainda o que escolher,
Riem todos de mim, mas não entendem
A minha situação. Mas eles podem,
Têm esse direito. Eu é que não sei o que fazer.

É manhã, tarde e noite somente pensando
E quando mais o tempo vai passando,
Menos eu consigo esclarecer-me.

A afeição não espera e sai cavalgando
Sobre o meu corpo que se está asfixiando,
Então, até lá, pergunto-me, como irei conter-me.


Soneto de um esquecimento

Tal encanto até agora não tive
Para espanto até de quem vive.
É estranho isto acontecer agora
Pode ser, entretanto, vou-me embora.

Quem sabe para sempre ou para
Nunca mais voltar, mas o que tem a fala
Se não é para falar. Digo-lhe senhora
Ou como já antes disse: vou-me embora.

Cale-se e não resmungue mais
Deixe-me relatar meus sofrimentos em paz.
Estranho é que pode vir a acontecer

Sem mistério e apenas em claro
Mas deixo pra falar depois e declaro
Enfim... Foi tanto que já não sei o que dizer.


Soneto da palavra dor

Como a dor é cruel e traiçoeira
Vem com fel e sempre pronta a atacar
Como uma cobra pronta a lhe matar,
Só que pior, pois vem c’uma rasteira

E lhe derruba e depois não ajuda
A levantar-se. A dor é assim:
Amiga e inimiga, não dá um fim.
É uma constante que nunca muda.

Dor, uma só palavra com profundo
E ao mesmo tempo um enorme sentido.
Uma palavra de som tão bonito,

Mas são elas que sempre nos enganam,
E que nos humilham e nos maltratam,
Mas são elas que conduzem o mundo...


Olhos de princesa

Teus olhos ofuscam, brilham na noite
Vibram as cordas, de um desafinado violão.
São dúvidas, palavras com medo
São palavras de sedução…
Teus olhos têm a cor da paixão.

Ah… teus olhos, tão ricos, tão belos
Serenos, únicos, são tão singelos
São espelhos da tua alma
Não são como os de Capitu
Não são olhos de ressaca
São de ternura, de amor
São olhos de alma lavada…

E o que dizer de ti ainda mais
Que os teus olhos já não tenham dito
Que tua pele não é alva como a neve,
Mas branca como a paz que de ti aflora…
E que o teu sorriso emerge
Como uma fonte que se revigora
A cada gargalhada que de ti floresce,
A cada suspiro que te renova…

Ah… princesa como as dos contos de fada
Melhor… princesa da vida real
Princesa linda, título que a ti condiz…
És tu, única, imutável, surreal
Tão bela quanto uma flor-de-lis
Simplesmente, unicamente
Sem igual!


Quero...

Tudo que eu queria nesse momento
Era estar contigo, ao teu lado,
Principalmente, abraçado.
Talvez até beijando-te inteiramente
Não me contento mais com teu sorriso
Quero você, minha princesa
Quero essa sua mágica
Quero esse seu amor.
Queria dizer aos quatro ventos
Que és a minha namorada
Ah! com eu adoraria dizer isto.
Dá-me apenas o rosto,
Quero tua boca, teus lábios
Quero olhar sem medo no fundo
Dos teus olhos, e descobrir segredos...
Quero que me ames,
Queria que isso fosse possível.
Quero a coragem para dizer-te
Tudo isto.
Quero... quero sentir o teu corpo
Junto ao meu.
Quero encontrar a felicidade junto a ti.
Quero um dia poder sorrir.


 Saudade de ti

Quando te vi outra vez
Após tanto tempo de ausência,
Eu longe de ti, sentindo a carência
Do teu amor, da tua companhia,
Fiquei tão feliz, realizado
Ainda mais pelo fato
De sentires algo por mim.
Depois dessa jornada,
De sofrimento e dor
O brilho dos teus olhos
É mágica, esplendor,
É fascínio e encanto.
Tinha-me esquecido
O quanto és perfeita
O quanto és carinhosa.
Fizeste de mim um escravo
E eu ti fiz, então, eleita
Dessa magnitude que é
A paixão que deveras sinto
Por ti. E ainda não sei o que quer
Esse meu coração,
Pois a única certeza
É o semblante da emoção
Ao ver toda esta tua beleza.

Um comentário:

sonhadora disse...
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