quarta-feira, 30 de março de 2011

um homem sábio

Ontem, dia 29 de março de 2011, despediu-se de nós um homem sábio, e podemos dizer muito mais: um homem de valor, que soube enfrentar as adversidades da vida com dignidade.

José Alencar hoje é lembrado pela bravura com que enfrentou o câncer. Todavia, poderíamos nos espelhar em tantos outros exemplos de vida que ele nos deixou. Muitos podem até dizer que foi fácil para ele combater a doença por ser muito rico. Mas devemos olhar uns bons anos antes e ver sua história, quando começou a trabalhar aos 14 anos de idade, e aos 18 já abria seu primeiro empreendimento. Tornar-se rico com o próprio trabalho e suor é um mérito gigantesco, algo a ser admirado, reproduzido. Evidentemente não seremos ricos, mas a perseverança e o trabalho árduo devem ser inerentes a todos nós. Quanto tempo não desperdiçamos hoje em dia, quantos minutos, horas, não são simplesmente deixados para trás, quando poderíamos estar fazendo coisas mais úteis (e não me excluo desse meio). São essas lições que devemos carregar conosco, pois será muito mais fácil vencer todos os inúmeros obstáculos que a vida nos impuser. E poderemos ter orgulho de nós mesmos.

Alencar, ex-vice presidente, que nos deixou o legado do trabalho e da perseverança!

terça-feira, 8 de março de 2011

Parabéns!!!

"Mulher, mulher, mulher... Mulher, mulher, mulher...", assim inciou Neguinho da Beija-Flor, no esquenta antes do início do belíssimo da minha Beija-Flor. Foi uma bela homenagem neste dia tão cheia de significado para todos nós (eu disse todos!). Pois não se conceberia o mundo sem a mulher. Li uma frase que dizia o seguinte: "Mulher é mesmo interessante, mesmo brava é linda, mesmo alegre, chora, mesmo tímida, comemora, mesmo apaixonada, ignora, mesmo frágil é poderosa". É apenas uma frase mas simboliza toda sua bela complexidade.

Todavia, ainda estamos no carnaval, e quis o destino que ele caísse nessa data. E foi na abertura do carnaval de Pernambuco que ocorreu uma demonstração de toda essa devoção e importância. O show Sob o mesmo céu, idealizado artisticamente por Lenine no Marco Zero do Recife Antigo, foi um primor e contou com a participação apenas de cantoras, entre elas Marina Lima, Maria Gadú, Elba Ramalho, Céu, Pitty, Roberta Sá, Zélia Duncan. Todas elas simbolizaram o presente e o futuro. Cantoras, expoentes da música regional e nacional. Um show inesquecível!

É de deixar a todos nós enebriados, embriagados com tamanha graça. Abençoada a mulher, que como diz a frase anterior, é interessante, brava, linda, alegre, chorona, tímida, apaixonada, frágil, poderosa. Mas antes de tudo é sinônimo de força e delicadeza. Enfim... sem elas, as mulheres, não há vida!!! mas, cá para nós, que graça teria...

Parabéns!!!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Carnaval - músicas...

Como falei de algumas músicas, talvez nem todos conheçam as letras... vai algumas:


Oh Bela (Capiba)

Você diz que ela é bela
Ela é bela sim senhor
Porém poderia ser mais bela
Se ela tivesse o meu amor
Meu amor
Bela é toda natureza
Oh Bela
Belo é tudo que é belo
Oh Bela
O sorriso da criança
Belo é ver o passarinho
Oh belo
Indo em busca do seu ninho
Oh Bela
Todo mundo se amando
Com amor e com carinho
Uns sorrindo outros chorando
De amor

Madeira que cupim não rói (Capiba)


Madeiras do rosarinho
Vem à cidade sua fama mostrar
E traz com seu pessoal
Seu estandarte tão original
Não vem pra fazer barulho
Vem só dizer
E com satisfação
Queiram ou não queiram os juízes
O nosso Bloco é de fato campeão
E se aqui estamos
Cantando essa canção
Viemos defender
A nossa tradição
E dizer bem alto
Que a injustiça dói
Nós somos madeira de lei que cupim não roi

Voltei Recife (Luis Bandeira/Capiba)

Voltei, Recife
Foi a saudade
Que me trouxe pelo braço
Quero ver novamente "Vassoura"
Na rua abafando
Tomar umas e outras
E cair no passo
Cadê "Toureiros"?
Cadê "Bola de Ouro"?
As "pás", os "lenhadores"
O "Bloco Batutas de São José"?
Quero sentir
A embriaguez do frevo
Que entra na cabeça
Depois toma o corpo
E acaba no pé



Hino do Elefante de Olinda (Clídio Nigro/Cloves Vieira)

Ao som dos clarins de momo
O povo aclama com todo andor
O elefante exaltando as suas tradições
E também seu esplendor
Olinda, este meu canto
Foi inspirado em teu louvor
entre confetes, serpentinas, venho te oferecer
Com alegria o meu amor
Olinda, quero cantar
À ti, esta canção
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração
De amor a sonhar, minha Olinda sem igual
Salve o teu carnaval

É carnaval...

E finalmente chegou a época do ano que eu (juntamente com muitos milhões de brasileiros) adoram. É um fato, e justificado, dizer que o ano só começa depois do carnaval, mesmo quando este se encontra já no calendário de março. Mas enfim, o ano só começará para valer a partir da próxima semana, porque tanto a quinta quanto a sexta-feira acabam mesmo sendo para se curar os excessos. E para aqueles que não gostam da folia de Momo, são dias de descanso e reclusão. Pois bem, todos curtem o carnaval!

E, não desmerecendo os carnavais do resto do meu Brasil, não há mais belo que os de Olinda e Recife, ou Recife-Olinda, porque nesta época, as cidades irmãs tornam-se gêmeas, talvez apenas uma. Quantos não são os que dizem "vou brincar em Olinda durante o dia, e para o Recife Antigo à noite"... Assim, não são apenas irmãs, mas sim uma única cidade respirando e vivendo o carnaval.

E nada mais simbólico do carnaval de Pernambuco do que o Galo da Madrugada. Confesso que nunca fui, e cada vez que vejo a sua transmissão pela TV, digo (enganosamente) para mim que ano que vem dou um jeito e vou. Quem sabe um dia isso se torne verdade... oxalá! Mas, voltando ao Galo, que lindo ver o povo correndo e tomando as ruas do centro do Recife, ao som da melodia mais pura do frevo, dos muitos frevos. Esta música que contagia, que arrepia, que "frerve" o sangue da gente. Músicas clássicas como as inesquecíveis, para não dizer imortais, "Voltei Recife", "Madeira que cupim não rói", "Oh, bela", "Hino do elefante", entre muitas outras, e principalmente "Vassourinhas", o híno oficial do carnaval pernambucano, o simbolo máximo dessa expressão musical, são apenas pequenas pinceladas nesse tão vasto acervo musical. Enfim, estando em casa, ou nas ladeiras de Olinda, ou nos palcos dos vários palcos do Recife, o carnaval sustenta-se por si próprio, pois se funde com o folião e este, com sua alegria, alimenta-o.

Viva o carnaval! Vamos todos brincar, vamos todos celebrar, e mesmo chegando a quarta-feira de cinzas, vamos nos regozijar, pois ano que vem tem de novo.