domingo, 23 de outubro de 2011

Poema: Brisa


Senti hoje a brisa da manhã
A soprar-me o rosto como o beijo
Doce da mulher, terrível fã
Das sutilezas do meu desejo.

Mas a brisa era suave e quente
Forte e imponente, tal como o sol;
Como a lua, apaixonadamente
Bela, e ofuscante como um farol.

Ah, minha doce brisa matutina
Que abranda meu triste coração
Carente da alegria junina.

E tu, brisa minha, sem perdão
Prendes-me com teu jeito de menina
Libertando-me da solidão.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Poema: Tarde de primavera


Eu me vejo nesta tarde,
Tarde de primavera abençoada.
A te esperar, tal como
Um louco espera
Por um brilho de lucidez.

O que faço então aqui
Se estou sozinho e triste,
Amargurado, enclausurado
Neste meu mundo
De vida comum.

Tu surgiste como raio
E meu coração trucidaste,
Mas também de encantos
Me rendeste…
Oh, nobre mulher,
Altiva e bela,
O que faço eu para tê-la
Em meus braços?
O que faço eu para rendê-la
Aos meus poucos encantos?

Sou um desgraçado infeliz
Louco, infantil,
Infame e senil;
Tolo por ter amado
A mulher que não me quis.


Poema: Lua


Não sei por que penso em ti todo o dia
Quando menos espero,
Sonho contigo
Vejo esse teu sorriso único,
Esse teu jeito tão querido.
Talvez seja essa tua voz,
Esse teu êxtase. Não duvido!
Observo teus olhos, tão lindos, tão tristes
Teu coração forte, tão sentido.
Pareces uma boneca, um anjo
Pareces uma flor dos campos, alguém ferido
Precisando de ajuda,
Mas fico feliz quando te abrigo.
Às vezes, sinto-me alguém que não sou
Fico desesperado atrás do teu sorriso.

Para mim tu és a princesa mais bela
A rosa mais linda que se pode cultivar…
És o ar que sustenta este velho coração.
Oh, mulher que sempre irei amar,
Nem imaginas a minha solidão…
Sonho contigo, todos os dias
Passo a minha vida a te esperar…
E quando a noite, então se acentua,
Não brinco mais com o sol,
Mas sim, com a lua!