quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Poema: As quatro estações


Ouço o vento soprar,
talvez seja uma brisa perdida
de primavera, quem sabe...
Como tu, que és tão bela
e carregas o frescor desta
estação querida.

Sinto um calor,
a temperatura subir
o sol escaldar...
Creio que seja o verão
que chega e se mostra
ardente. Tu tens dele o viço,
a intensidade, a excitação.

Mas eis que chega
o sereno soturno do outono,
e as folhas queimadas caem
e se espalham embelezando
todo o longo caminho da vida.
Serenidade e quietação,
têmpera e pudor...
Aqueces o frio e a ferida
do coração com teu calor.

E por final um vento
gélido, e ainda mais rigoroso;
plácido, todavia,
e que os passos guia
com a força necessária
que só o inverno carrega
em toda sua densidade e imensidão.
És tu a carregares na vida,
a força desta estação.

E as quatro uma só formam,
e a vida as rege, deveras
e tens tu o domínio eterno
sobre cada primavera,
verão, outono e inverno.


2 comentários:

Danila disse...

RicaRRRRdo, há tempos não passava por aqui... a correria do dia-a-dia!!! Mas ficou lindo o poema, como sempre!!!!
Abraço!!!!

Ricardo Lima Guimarães disse...

Obrigado, Danila!!! E faz tempo q vc não atualiza seu blog!