terça-feira, 11 de outubro de 2011

É preciso amar como se não houvesse amanhã

11 de outubro de 1996

Há 15 anos o mundo se despediu de Renato Russo. Eu era fã, continuo sendo, aliás, eterno fã. Uma música favorita? não tenho, gosto de todas!

Mas aqui vai uma das mais belas letras, que toca a alma.


Pais e Filhos


Estatuas e cofres. E paredes pintadas.
Ninguém sabe o que aconteceu.
Ela se jogou da janela do quinto andar.
Nada é fácil de entender.

Dorme agora.
É só o vento lá fora.
Quero colo. Vou fugir de casa.
Posso dormir aqui com vocês?
Estou com medo. Tive um pesadelo
Só vou voltar depois das três.

Meu filho vai ter nome de santo.
Quero o nome mais bonito.

É preciso amar as pessoas como se
Não houvesse amanhã.
Porque se você parar para pensar,
Na verdade não há.

Me diz porque que o céu é azul.
Explica a grande fúria do mundo.
São meus filhos que tomam conta de mim.

Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar.
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar.
Já morei em tanta casa que nem me lembro mais.
Eu moro com os meus pais.

É preciso amar as pessoas como se
Não houvesse amanhã.
Porque se você parar para pensar,
Na verdade não há.

Sou uma gota d'agua
Sou um grão de areia.
Você me diz que seus pais não lhe entendem.
Mas você não entende seus pais.

Você culpa seus pais por tudo.
E isso é absurdo.
São crianças como você
O que você vai ser, quando você crescer?


 Ah! o título não está errado, é preciso amar (todas as coisas) como se não houvesse amanhã.

Urbana Legio Omnia Vincit

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